«De quem é esta imagem?»: fazendo-Se homem, Deus restaura em
nós a imagem da Trindade
Amor eterno..., peço-to em graça, tem misericórdia do teu povo, em nome da caridade eterna que te levou a criar o homem à tua imagem e semelhança (Gn1,26)... Só o fizeste, ó Trindade eterna, porque querias levar o homem a participar de todo Tu. Foi por isso que lhe deste a memória, para que se lembre das tuas mercês, e para que participe também no teu poder, ó Pai eterno. Foi por isso que lhe deste a inteligência, para que ele possa compreender a tua bondade e participe também da sabedoria do teu Filho único. Foi por isso que lhe deste a vontade, para que possa amar o que vê e o que conhece da tua verdade, e assim participe no amor do teu Espírito Santo. Quem te levou a dar uma tão grande dignidade ao homem? O amor inesgotável com que olhas em ti mesmo a tua criatura.
[Mas] por causa do pecado, ela perdeu a sua dignidade... Então Tu, levado por esse mesmo fogo com que nos criaste..., deste-nos o Verbo, o teu Filho único... Ele cumpriu a tua vontade, Pai eterno, quando o revestiste da nossa humanidade, à imagem e semelhança da nossa natureza. Ó abismo de caridade! Qual é o coração que pode defender-se de não ceder ao Teu amor, vendo o Altíssimo juntar-se à baixeza da nossa humanidade? Nós somos a Tua imagem, e tu és a nossa, por essa união que consumaste no homem ocultando a tua divindade no barro de Adão (Gn 2,7)... O que te levou a fazê-lo? O amor! Tu, Deus, fizeste-te homem, e o homem tornou-se Deus. Por esse amor indizível, rogo-te, tem misericórdia das tuas criaturas.
(FONTE: Disponível em: <http://evangelhoquotidiano.org/>. Acesso em: 06 jan. 2006.).
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