Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Sunday, November 19, 2006

Respectivo aos evangelhos dos dias 19 e 20 de novembro de 2006.

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santo Efrém: "Na hora em que não pensais é que virá o Filho do homem"

Santo Efrém (cerca de 306 - 373), diácono na Síria, doutor da Igreja Comentário do Evangelho ou Diaterraron


"Na hora em que não pensais é que virá o Filho do homem"


Para impedir qualquer pergunta indiscreta acerca do momento da sua segunda vinda, Jesus declara: "Essa hora, ninguém a conhece, nem sequer o Filho" (Mt 24,36) e, noutro sítio: "Não vos cabe conhecer os dias e os tempos" (Act 1,7). Ocultou-nos isso para que vigiemos, para que cada um de nós possa pensar que essa manifestação se produzirá durante a nossa própria vida. Se o tempo da sua segunda vinda tivesse sido revelado, essa manifestação seria em vão: as nações e os tempos em que ela se produzisse não a teriam desejado. Ele disse que vem, mas não precisou qual o momento; desse modo, todas as gerações e todos os séculos têm sede dEle.É certo que Ele deu a conhecer os sinais da sua manifestação; mas não disse quando aconteceria. Na mudança constante em que vivemos, esses sinais já tiveram lugar e passaram e alguns ainda duram. Com efeito, a sua última manifestação é semelhante à primeira: os justos e os profetas desejavam-na; pensavam que se realizaria no seu tempo de vida. Também hoje, cada um dos fiéis de Cristo deseja acolhê-lo durante a sua própria vida, tanto mais que Jesus não disse claramente o dia em que iria aparecer. Desse modo, ninguém poderá imaginar que Cristo se submeta a uma lei do tempo ou a uma hora precisa, Ele que domina os números e o tempo.


Comentário ao Evangelho do dia feito por : S. Simão o Novo Teólogo A luz que me conduz pela mão

S. Simão o Novo Teólogo (cerca 949-1022), monge ortodoxo: Hino 18


A luz que me conduz pela mão

Nós conhecemos o amor que tu nos deste, sem limite, indizível, que nada pode encerrar; ele é luz, luz inacessível, luz que age em tudo...Com efeito, o que é que esta luz não faz, e o que é que ela não é? Ela é encanto e alegria, doçura e paz, misericórdia sem medida, abismo de compaixão. Quando a possuo, não a observo mais; vejo-a apenas quando ela se vai. Precipito-me para a prender, e ela foge totalmente. Não sei o que fazer e consumo-me. Aprendo a pedir e a procurar com lágrimas e em grande humildade, a não considerar como possível o que ultrapassa a natureza, nem como efeito do meu poder ou do esforço humano, aquilo que vem da compaixão de Deus e da sua misericórdia infinita...Esta luz conduz-nos pela mão, fortifica-nos, ensina-nos, mostrando-se, mas fugindo assim que temos necessidade dela. Não é quando a queremos – o que pertence aos perfeitos – mas é assim que ficamos embaraçados e completamente esgotados que ela vem em nosso socorro. Ela aparece de longe e faz-me senti-la no meu coração. Grito até me sufocar de tanto que a quero prender, mas tudo é noite, e vazias estão as minhas pobres mãos. Esqueço tudo, sento-me e choro, desesperando de a ver ainda uma outra vez. Quando chorei muito e consenti em me deter, então, vindo misteriosamente, ela toma-me a cabeça, e eu derreto-me em lágrimas sem saber quem está a iluminar o meu espírito de uma luz muito
doce. (FONTE: Disponível em: <http://evangelhoquotidiano.org/>. Acesso em: 19 nov. 2006)

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