A fé é uma graça:
Quando S. Pedro confessa que Jesus é Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara que esta revelação não lhe veio "da carne nem do sangue, mas do seu Pai que está nos céus" (Mt 16,17). A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural que ele mesmo infunde. "Para guardar esta fé, o homem precisa da graça constante e auxiliadora de Deus, bem como das ajudas interiores do Espírito Santo. Este toca o coração e volta-o para Deus, abre os olhos do espírito e dá a todos o suave presente de consentir e acreditar na verdade" (Vaticano II, DV).
A fé é um acto humano:Acreditar só é possível pela graça e pelas ajudas interiores do Espírito Santo. Mas é igualmente verdadeiro que acreditar é um acto autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por ele reveladas. Já nas relações humanas, não é contrário à nossa própria dignidade acreditar no que outras pessoas nos dizem sobre si mesmas e sobre as suas intenções e confiar nas suas promessas (como, por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam), para entrar assim em comunhão mútua. Dessa forma, é ainda menos contrário à nossa dignidade "apresentar pela fé a plena submissão da nossa inteligência e da nossa vontade ao Deus que se revela" (Vaticano II) e entrar assim em íntima comunhão com ele.
Na fé, a inteligência e a vontade humanas cooperam com a graça divina: "Acreditar é um acto da inteligência que adere à verdade divina sob as ordens da vontade movida por Deus por meio da graça" (S. Tomás de Aquino).
(FONTE: Disponível em: <http://evangelhoquotidiano.org/>. Acvesso em: 20 fev. 2006.)
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