«Mostrei-vos muitas obras boas da parte do Pai; por qual
dessas obras me quereis apedrejar?»
A Cristo Jesus deves toda a tua vida, uma vez que Ele deu a Sua vida pela tua e suportou amargos tormentos para que não suportes tormentos eternos... Quando tiveres reunido no teu coração todas as amarguras do teu Senhor, como tudo isso te parecerá doce!... Assim como os céus estão mais altos do que a terra (Is 55,9), assim a Sua vida está mais alta do que a nossa vida e, contudo, foi dada por ela. Assim como o nada não pode ser comparado a coisa alguma, assim a nossa vida não tem proporção com a dEle...
Quando lhe tiver consagrado tudo o que sou, tudo o que posso, isso será como uma estrela comparada com o sol, uma gota de água comparada com um rio, uma pedra com uma torre, um grão de areia com uma montanha. Não tenho mais que duas pequenas coisas, mesmo muito diminutas: o meu corpo e a minha alma, ou antes, uma única pequena coisa: a minha vontade. Não a darei Àquele que cumulou de tantos benefícios um ser tão pequeno como eu, Àquele que, entregando-se inteiramente, inteiramente me resgatou? De outra forma, se guardasse para mim a minha vontade, com que rosto, com que olhos, com que espírito, com que consciência iria refugiar-me junto do coração de misericórdia do nosso Deus? Ousaria penetrar nessa muralha fortíssima que guarda Israel e fazer correr, como preço do meu resgate, não algumas gotas mas as golfadas desse sangue que corre das cinco partes do seu corpo?
(FONTE: Disponível em: <http://evangelhoquotidiano.org/>. Acesso em: 06 abr. 2006.).
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